quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Por cá'

E por aqui tudo na mesma..
Sorriso no canto da boca;
pronto pra desabrochar um olhar de lado,
Que finge brilhar'



Saskhya'

Egoo'

E com o tempo vamos reaprendendo a sorrir'
Por poder sentir o cheiro da chuva;
Por poder olhar a beleza de uma flor;
Por poder ouvir uma música boa;
E poder tocar,morder,comer,viver;

As pequenas coisas da vida que nos remetem a pensar e agradecer por mais um dia'
Por ainda poder sorrir apesar das dificuldades'
Por termos muito queremos sempre mais;
Nunca estamos satisfeitos com o que nos foi dado;
Mas sofremos o tempo inteiro pelo que nos foi tirado;

Eu não sou diferente; Sou errante,ser humano tolo.
Mas deve ser um bom começo perceber o nosso próprio egoísmo!
A nossa única preocupação quase sempre...


"Eu".


Saskhya

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E um dia escolhi o erro que me parecia mais certo,destino incerto!
Fiz escolhas que só eu mesma sou responsável,
E que não me cabe o direito do arrependimento;
Abandonei sonhos construídos,amor destruído.

Agora não dá mais pra voltar atrás..

Machuquei quem me prezava,escolha burra.. Necessária?
Apostei em tudo ou nada.. E agora?
Quem me apostará todas as fichas.
Alguém? Ninguém!

Agora já não dá mais pra voltar atrás..

Ele é feliz.. Uma notícia boa..!
Merece.. e eu que não ouvi minha razão..
Coração tolo,agora sofre'
Por não poder mudar de rumo.

Agora já não dá mais pra voltar atrás..!



Saudade da saudade que um dia tive!



Saskhya'


Faz favor...

E se nada que passou foi de verdade..
Faz favor: Me ensina a mentir com tal perfeição!
E se tudo não passou de devaneio
Faz melhor: Faz nada não!

E se a gente vive de mentira;
Faz favor: Me deixa ir!
E se me faz sorrir de tristeza;
Faz melhor: Para de rir!

E se é outra graça que te diverte..
Faz favor: Pinta o meu nariz.
E se é de tristeza que tu vive...
Faz melhor: Não finge que é feliz!


Saskhya'


As flores'

E mesmo que me falte um sorriso,um abraço..
A atitude certa,incerteza de cada dia..
E mesmo que me sobre apenas palavras soltas ao vento
Ventania ,ventania,ventania.

Ainda restarão as flores...

E mesmo que meus inimigos tentem me causar dor;
E essa dor me queime a pele,que me queime com a verdade
E mesmo que as lágrimas molhem o meu rosto
Tempestade,tempestade,tempestade.

Ainda restarão as flores...

E mesmo que o caminho me seja tortuoso
E meus pés cansados do chão quente,destino incerto;
E mesmo que nesse caminho não existam nem miragens;
Deserto,deserto,deserto.

Ainda restarão as flores...

As flores que resistiram as ventanias;
Que não morreram com as tempestades;
E brotaram em meio ao deserto.


As flores que estão lá fora,aqui dentro..
Flores fracas,fortes flores.
Que enfeitam a paisagem triste,sem cheiros,sem cores;
As flores.

Saskhya'





Deixe-me ir, preciso andar, vou por ai a procurar...
Rir pra não chorar... só vou voltar depois que me encontrar...!

Deixe-me ir'

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vôo Eterno

Como quem tem fome ou padece de sede;
Como quem ensaia um canto e tem que se contentar com o grito rouco que sai que ecoa do peito cansado,machucado,sofrido.
Como quem clama um pouco mais de alma pra si;
Cada palavra que se ouve ao longe é barulho,tristeza,rancor;
Foi-se embora a calma,o sorriso e a paz';
Agora a agonia e a vontade de que ao menos acabe bem,ou apenas acabe.
A vontade de arrumar o que não se tem e ir embora pra lugar algum;
O choro reprimido pelo orgulho,pelo embrulho que dá no estômago só de pensar.
O desejo de algo novo,brilhante,surpreendente que a tire dali e a faça sorrir novamente;
Lembra-se de que não está só;
A sua companhia está dentro de si mesma.
Os olhos se enchem de água mais uma vez;E transmite um mixto de esperança e dor e repulsa e amor.
A certeza da incerteza,de que o fim jamais chegará;
Enquanto houver vida haverá o fruto do desamor,da indiferença,do desrespeito;
Que só cresce,ao passar dos dias,dos meses;
Olha a cidade de cima,não muito distante do sol;
Por instantes imagina um vôo,lento e rápido que leve embora todo o seu sofrimento;
Um vôo sem volta,sem dor,sem pouso,repouso eterno;
Mas não encontra forças;
É fraca,covarde como foi a vida inteira.
Vida essa que acaba-se aos poucos;
Sem suicídio,sem armas de fogo.
Só sangue;
O da alma que chora.



Saskhya' [Um cigarro e dor de cabeça]